23
Maio
2017
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Europe/Lisbon

Mercedes-Benz a criar SUVs de luxo há 20 anos

Foi há vinte anos que a Mercedes-Benz apresentou o Classe M em Tuscaloosa, estado do Alabama nos EUA. Seguindo as pisadas do lendário Classe G, o antecessor do atual e bem-sucedido GLE marcou a entrada da marca no segmento dos Sport Utility Vehicle (SUV). Ao mesmo tempo, ambos os veículos forneceram a base para o atual e extenso portfólio de produtos da Mercedes-Benz neste segmento de mercado, que também inclui os modelos GLA, GLC e GLC Coupé e GLS, além do Classe G, GLE e GLE Coupé.

No todo-o-terreno, nenhum modelo brilha mais do que o Mercedes-Benz Classe G que é produzido desde 1979. No entanto, no início dos anos 90, a marca de Estugarda também reconheceu potencial noutro segmento de mercado dos veículos de todo-o-terreno: veículos confortáveis, desportivos e que a nível tecnológico são extremamente semelhantes aos veículos ligeiros de passageiros.

Os principais aspetos deste concept car foram definidos em 1993. Três anos mais tarde no North American International Auto Show (NAIAS) em Detroit, a Mercedes-Benz apresentou o "AAVision", um estudo muito aproximado da versão de produção. A designação deste concept car refere-se ao segmento de "All Activity Vehicles" (AAVs), que mais tarde ficou conhecido como "Sport Utility Vehicles" (SUVs).

Em maio de 1997, o Mercedes-Benz Classe M (W 163) foi apresentado ao mundo. Este SUV combinava o melhor de dois mundos: a tração integral, elevada altura ao solo e um generoso espaço interior, que são atributos importantes dos típicos veículos de todo-o-terreno. Este modelo era ainda caracterizado por um excelente conforto de condução a elevada velocidade em estrada, uma elevada versatilidade do interior e um design harmonioso.

Nova fábrica para este tipo de veículo

A construção do Classe M teve início na nova fábrica da Mercedes-Benz em Tuscaloosa, estado de Alabama nos EUA. Desde então foi nesta fábrica que a Mercedes-Benz produziu praticamente todos os seus SUVs de segmento médio-alto e de luxo. A decisão da construção de uma fábrica nos EUA para um novo veículo de tração integral foi anunciada em 1993 por Werner Niefer, Presidente da Mercedes-Benz AG. Tuscaloosa tornou-se a região onde a Mercedes-Benz construiu a primeira fábrica para produzir um novo veículo ligeiro de passageiros fora da Alemanha. A produção do Classe M – inicialmente apenas foi produzido o modelo ML 320 foi iniciada em fevereiro de 1997.

A 21 de maio de 1997, a Mercedes-Benz inaugurou oficialmente a fábrica para coincidir com a apresentação do Classe M. Quatro meses antes, no NAIAS show em 1997, o chassis, a cadeia cinemática com tração integral inteligente e o recém-desenvolvido motor V6 de 3.2 litros estavam presentes no salão. Com o Classe M, a Mercedes-Benz assumiu a posição de liderança no bem-sucedido segmento SUV. O novo modelo foi alvo de uma procura igualmente forte e teve uma receção extremamente positiva pela imprensa especializada.

Entre 1999 e 2002, o W 163 foi produzido na fábrica de Graz da Steyr-Daimler-Puch AG na Áustria – onde o Classe G também foi produzido desde a sua introdução no mercado – e também na fábrica de Tuscaloosa. Inicialmente, o ML 320 apenas estava disponível na América do Norte. Desde março de 1998 em diante, os clientes Europeus também tiveram a oportunidade de comprar o Classe M. Além do motor V6 de 160 kW (218 CV) de potência, também foi disponibilizada uma segunda versão, o ML 230, com motor de quatro cilindros e uma potência de 110 kW (150 CV). Seguiram-se outras versões do primeiro Classe M, desde o ML 270 CDI (120 kW/163 CV) ao ML 55 AMG (255 kW/347 CV).

Impulso internacional

O Classe M foi uma das melhores histórias de sucesso dos novos produtos da Mercedes-Benz dos anos 90. O seu conceito versátil deu um forte impulso internacional para um novo tipo de veículo que excedeu em larga medida a própria Marca. Com a segunda geração do Classe M, o W 164 produzido desde 2005, a Mercedes-Benz consolidou ainda mais este desenvolvimento positivo. A fábrica de Tuscaloosa foi expandida e o número de empregados foi duplicado.

Contrariamente ao primeiro Classe M com uma carroçaria composta por secções fechadas, no W 164 foi adotada uma construção em que o chassis e a carroçaria formam uma só unidade. A suspensão também foi aperfeiçoada. Daqui resultou uma melhoria do conforto de condução juntamente com uma maior rigidez torsional para a utilização em todo-o-terreno. A gama de versões de motores foi alargada desde o ML 280 CDI 4MATIC (140 kW/190 CV) ao ML 63 AMG 4MATIC (375 kW/510 CV) com um motor V8 de quatro válvulas por cilindro. No New York International Auto Show de 2009, a Mercedes-Benz apresentou o ML 450 HYBRID desenvolvido para o mercado dos EUA. Este modelo estava equipado com um motor V6 a gasolina e dois motores elétricos com uma potência total de 250 kW (340 CV). No mesmo ano, o Classe M um milhão saía da linha de produção em Tuscaloosa.

A terceira geração do Classe M, o W 166, foi apresentada a nível mundial no International Motor Show (IAA) de 2011 em Frankfurt. O foco principal do desenvolvimento desta geração incidia num menor consumo de combustível, melhor conforto de condução tanto em estrada como em todo o terreno e nos inovadores sistemas de assistência e de segurança. Desde o facelift do modelo no outono de 2015, o W 166 foi designado de GLE. Esta medida tornou claro o seu posicionamento como um modelo do segmento SUV e pertencente à família de modelos associados ao Classe E. Em finais de 2016, cerca de 2.4 milhões de SUVs do segmento médio-alto (GLE e o GLE Coupé desde 2016) e do segmento de luxo (GLS) foram produzidos na fábrica de Tuscaloosa.